O que fazer quando a criança só quer a mãe

O que fazer quando a criança só quer a mãe

O que fazer quando a criança só quer a mãe

Sair para trabalhar ou cumprir outro compromisso e deixar o filho na creche, com a avó ou a babá, não é fácil para nenhuma mãe. Mas, em alguns casos, a situação se torna ainda mais difícil, porque o pequeno simplesmente se recusa a ficar com outras pessoas. O apego excessivo à mãe pode começar nos primeiros meses de vida, quando o bebê quer apenas o colo dela, chora ao ser carregado por outras pessoas ou ao ser deixado no carrinho ou no berço. Se você já passou por isso ou ainda enfrenta isso, leia a matéria e veja o que você pode fazer para mudar o comportamento do seu filho.

-Quando a criança não fica bem com outras pessoas

Para evitar deixar os filhos muito pequenos em creches, alguns pais optam por uma babá ou contam com a ajuda dos avós. Porém, basta a mãe sair de cena para que a criança a abra o berreiro.

Este comportamento é natural, nas primeiras vezes em que os bebês se distanciam das mães. “Em seu cérebro, a criança tem um programa de reconhecimento e apego em relação à figura materna. A mãe é sempre vista como o modelo protetor, aquela que nutre, acolhe e protege”, conta o psicobiólogo Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Uma das principais causas da dependência tão grande é o zelo excessivo dos pais. A mãe que quer fazer tudo sozinha pelo filho e não permite aproximação dos outros pode atrapalhar o desenvolvimento social da criança. A personalidade do pequeno também entra no rol dos fatores que interferem na capacidade de adaptação, quando determina uma tendência ao apego exagerado ou à não aceitação do distanciamento, após o término da licença-maternidade.
-Afaste-se aos poucos

É importante que, durante os primeiros meses de total proximidade entre mãe e filho, ela tenha consciência de que esta condição não irá durar para sempre. “Quanto mais você grudar no seu filho e não pensar que no mês que vem terá que trabalhar, mais difícil será a separação. Se você está em casa, de licença-maternidade, aproveite e vá até a esquina fazer a unha ou à feira e deixe a criança ficar um pouco com outra pessoa.

O cuidador também pode tomar atitudes que facilitam a aproximação. Inicialmente, é aconselhável que ele fique próximo da mãe para que a criança veja que o outro adulto também merece a confiança dela.  Outra boa dica é se abaixar na altura da criança e conversar com ela olhando nos olhos, o que atenua a postura de superioridade. Se a criança estiver no espaço dela com os brinquedos, é interessante que este cuidador também se aproxime e tente iniciar uma brincadeira.

Outra orientação valiosa é não assustar a criança. Para evitar que isso aconteça, o adulto nunca deve se aproximar de maneira brusca. É importante se certificar de que o baixinho notou sua presença. Forçar um vínculo ao abraçar ou beijar o pequeno a todo o momento também não é uma boa estratégia. Com relação à alimentação, primeiramente o cuidador precisa observar como a mãe alimenta o filho para, depois, assumir este papel.

– Problemas na escola

Os pais podem tomar algumas atitudes para fazer com que a adaptação seja mais fácil. Uma delas é deixar a criança na sala de aula com os colegas, o professor e os brinquedos, enquanto a mãe fica em um lugar sem atrativos, mas que a criança consiga acessar. Algo como um corredor ou uma antessala.

A mãe não pode entrar no espaço da sala de aula porque a criança irá entender que pode ter tudo: a mãe, os brinquedos e os coleguinhas. Ela pode permanecer na escola durante alguns dias, cada vez por menos tempo, até que a adaptação seja completa.

Também é recomendado que ela avise ao filho que vai embora, sem nunca mentir, dizendo que vai ficar e sair de fininho. Ao explicar para o pequeno quando irá voltar para buscá-lo, é interessante que o faça por meio das atividades. Não adianta dizer que daqui a duas horas venho te buscar, tem que pensar em função das atividades, por exemplo: primeiro você vai para o parque, depois vai lanchar, depois brincar com massinha e depois a mamãe chega.

– Só no colo da mamãe

O costume de não largar o colo da mãe leva um tempo para ser solucionado. “Não adianta que o bebê fique 6 meses no colo e, de repente, a mãe tente adaptá-lo ao carrinho ou berço. Vale começar fazendo pequenos intervalos entre o carrinho e os braços, algo como: colo da mãe, do pai e carrinho.

Torne o local em que a criança irá ficar mais interessante. Brinquedos e objetos lúdicos contribuem bastante. A presença da mãe é importante, mesmo quando o baixinho estiver no carrinho ou no berço.

Se você ainda não se convenceu que deve resistir à tentação de pegar o seu filho no colo a todo instante, mais um argumento irrefutável: em demasia, o costume pode acarretar problemas à sua saúde. Os tendões em torno dos ombros e cotovelos ficam sobrecarregados e o movimento de se abaixar para pegar a criança prejudica a lombar, afirma um especialista. Para atenuar esse impacto, procure apoiar o pequeno em seu quadril, pois, assim, o peso é direcionado para os membros inferiores.

 

Fonte: https://bebe.abril.com.br

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