“MÃE, NÃO QUERO IR PARA A ESCOLA”… AS EXPLICAÇÕES DE UMA PSICÓLOGA
“MÃE, NÃO QUERO IR PARA A ESCOLA”… AS EXPLICAÇÕES DE UMA PSICÓLOGA
Por vezes, as crianças começam, em algum momento específico, a ter este tipo de comportamento. Se for uma coisa espaçada e se só acontecer de tempos em tempos pode ser preguiça, sono ou cansaço. Pode ser normal e não precisa se preocupar.
Contudo, se for um comportamento que comece a ser persistente no tempo então é preciso ter uma atenção mais profunda sobre o assunto.
O que poderá levar o seu filho a não querer ir mais à escola? São vários os motivos: pode ser alguma coisa que não esteja correndo bem na escola, seja com os professores ou os colegas; mas também pode ser alguma coisa que não esteja bem em casa (por exemplo: discussões frequentes dos pais; o nascimento de um irmão); pode ser algum medo específico ou uma fobia escolar.
Primeiro que tudo, há que se perceber o motivo. Fale com o seu filho, explique-lhe as consequências e tente entender o motivo para que ele não queira ir à escola. Por vezes, nem ele próprio compreende o porquê de se sentir assim.
Pode ser bullying
Mas imaginemos que ao falar com o seu filho, você entende que é uma situação de bullying. O que pode e deve ser feito?
Primeiramente, terá que lhe explicar muito bem o que é o bullying e o porquê de crianças fazerem isso uns aos outros (atenção que é um assunto delicado e o seu filho irá absorver tudo aquilo que disser).
Depois, terá de falar com a escola que tem medidas para casos de bullying – por exemplo, falar com os agressores e proteger as vítimas (mas a situação tem de ser identificada).
Paralelamente a isto, parece-me muito relevante procurar ajuda de um psicólogo, para trabalhar todas estas questões com o seu filho. Não se esqueça que o bullying é um assunto delicado, que traz muito sofrimento às crianças (assim como às famílias) e, por isso, deve ser tratado com uma sensibilidade e delicadeza específicas.
O bullying pode surgir por uma série de motivos diversos (normalmente são físicos). Um dos motivos mais apontados, segundos os estudos, é a obesidade infantil. Uma criança que sofra de excesso de peso ou obesidade tem mais 60% de probabilidade de sofrer de bullying do que uma criança com um peso considerado normal.
Portanto, identifique o problema e compreenda o que está por trás disso e, seja qual for a situação, se este comportamento persistir, procure a ajuda de um psicólogo.
Um artigo da psicóloga Mafalda Leitão das Clínicas Em Forma.
Fonte: Life Style